01 fevereiro 2008

Olhar de arder

A cidade é um campo de sonhos.
As roças outro. Levar a nossa imaginação ao como seria ver isto tudo a funcionar, as pessoas a viver nestas casas, lindas, imponentes, as ruas bem organizadas, as praças e a harmonia do mapa desta cidade; e resta um abandono seco, destruição, descuido, quase se vê o fim; a luz, toda e qualquer que desaparece às seis da tarde e nada, não se vê mais nada, andar na rua é uma aventura; as estradas todas esburacadas, cheias de lama e os carros sempre amontoados da gente possível; a confusão ainda assustadora das multidões de gente na rua, nas praças, nas festas; as barracas/habitações improvisadas que aparecem entre a vastidão deste mato; os pés descalços e o calcar kms e kms carregados; as mães com as crianças nas costas, e mais a bacia enorme na cabeça, e mais os sacos de serapilheira em cada mão; e os meninos a tomar banho nos ribeiros enquanto os pais lavam o que houver para lavar; os homens esculturalmente musculados a treparem as árvores; e os frutos e legumes que nunca tinha visto nem provado, enormes, estranhos, coloridos, selvagens, naturais, infindáveis, desta terra: a jaca, o mamão, o safu, a carambola, a cajamanga, a dúzia de espécies de bananas, a fruta pão, a matabala,a isaquente, a mandioca, etc etc etc...

3 comentários:

SU disse...

Isto a k vai ser um mes gastronomico.Aproveita!!!E cuidado com as bananas.
Su

Kate disse...

Kem havia d gostar disso tudo aí era o meu Pedrinho!
Aproveita (s calhar já sabes!) pra saber se esse bairro do Kilombo tem alguma coisa a ver c 1 antigo refúgio de escravos!
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Sofia disse...

Olha pareceu-me que disseste que comias um fruta chamada ISAQUENTE????? :)Devias trazer para a Isa Provar :):):):):):)::)