03 junho 2008

GUAGUA


Saímos de El Salvador ao amanhecer, a mim e à Kathy juntou-se o Thom, um mocito simpatico que tinha conhecido na aventura vulcao em Ometepe. Holandës, corredor de fundo em pista de gelo, voltamo-nos a encontrar aqui e ele perguntou se poderia acompanhar-nos na viagem até ao Mexico, e entao assim foi. Os trës estrada acima, rumo a Guatemala. Certamente duas horas a serpentear a estrada junto às praias, monte acima, monte a abaixo, sempre com o mar à esquerda, sempre com verde à direita. Thom a dormir ferrado lá atrás, nós no controlo do percurso.
A nossa terceira fronteira foi bastante facil, demorada, claro, mas sem complicaçoes nem stresses pa ninguem. La Hachadura. Bemvindo à Guatemala, e eu sem fazer puto ideia onde me ia meter. Escolhemos o percurso do interior para fugir ao transito normal da costa e para dormir na montanha.
O que me vai ficar para sempre como GUATEMALA é uma das imagens mais surpreendentes que já tive a sorte a tocar!
Subíamos as montanhas em ritmo lentissimo sempre ou quase sempre atrás de camioes, em caminhos estreitos sobre ribanceiras enormes. A neblina abrandava-nos ainda mais e fazia do nosso ponto de olhar apenas a frente. E de repente, já em automático na conduçao, olhei à volta e so de arrepio que ainda sinto... Para lá das montanhas só montanhas, longe, perto, nós dentro... e no mesmo repente, e como pontos espalhados sem inicio nem onde, começaram a parecer as pessoas,... solitárias, nas bermas das estradas, vestidas de só colorido, e com ar agreste de expressao. Frias, fechadas, criancas e adultos, e as meninas e mulheres sempre assim vestidas, fatos grossos do tear, com padroes mais bonitos que outros, desde a cabeca ao pés, ali, no meio do nada e a serem tudo. É imagem que me recordo de ver em revistas e programas acerca do Peru. Gente, sentada ou a caminhar, entre nada, com altos vales e montanhas e verdes longe, como perdidas ali, e acompanham com o olhar o nosso passar lento, sempre longe, nem sorriso, nem contacto.

Sao muito pequenos e morenos, indios de estatura baixote, e de cara marcada pelo ar da montanha, e lá fora faz frio, e muito de vez em quando se veëm cabanas, separadas a larga distancia, de fogo acesso, e eu pergunto-me como foram aquelas pessoas lá parar? Como vivem ali no que parece a terra de ninguem.
E o desejo de parar passou-me por toda eu... um dia, talvez!
Parámos para almocar numa vila de casas inacabadas amontoadas e de cor predominante cinza. Zunil, seu nome. No meio do imenso vale desta terra fria, onde as cores das mulheres se encontram desde os campos aos mercados e às ruas quase construidas na vertical. Com o intuito de reduzir o tempo de estrada do dia seguinte, seguimos e fomos dormir a HueHue, diminutivo de Huehuetenango.
Notas deste caminho: País- Moeda-Cerveja
Nicarágua – 19 Cordobas- 1
Toña; Honduras – 20 Lempiras – 1 Salva Vida ; El Salvador – 1 Dollar – 1 Pilsener ; Guatemala – 7 Quetzales – 1 Gallo ;México – 10 Pesos – 1 Coroña.

4 comentários:

Sofia disse...

Ai que fixe sensacional... essa viagem vale ouro .... não a trocavas por mil aviões pois não?

SU disse...

Isso da relaçao moeda/cerveja a k foi bem visto :)
Aqui fica aqule meu ola rapido, pk tenho mt k estudar.
Bjcs
SU

Kate disse...

Olá gigante,

N entendo nada do teu paradeiro. Que vida itinerante essa! Agora estás mm onde?
C pouco tempo para viajar ctg, consigo d vez em qd espreitar o teu blog. Tb as aulas estão quase no fim e espero k aí tudo seja diferente!
O sol parece k veio para ficar, o k todos ansiavamos.

Beijo gd

Shiva disse...

Ele há por aí panachês???